sábado, 29 de janeiro de 2011
Jogo entre Flamengo e Vasco é rivalidade à flor da pele. Mas ao contrário do que os puritanos dizem, não tem nada de sadio. É ódio acima de qualquer sentimento baitola. A final do Estadual de 2004 mostrou que "é melhor você ser calado e te acharem um babaca do que falar, e não deixar nenhuma dúvida" .

O da Gama, comandado por Eurico-Chupa-Rôla, entrou cheio de marra. O Godfather da Colina disse, antes do jogo, que já tinha encomendado os chopps pra festa vascaína, contando com a vitória.

O Mengão já no primeiro jogo começou a amargar o chopp de Corleone. Fez 2 a 1 e obrigou aquele de São Cristóvão a jogar a vida na segunda partida. E foi o que aconteceu.

Os narradores não haviam nem terminado de dar as escalações quando, aos dois minutos de jogo, o folclórico Valdir Bigode igualou a vantagem e assustou os rubro-negros. Assustou e revoltou, pois o ruim e velho atacante estava em impedimento.

A briga continua e o Flamengo se mostra acuado. Júlio César é obrigado a fazer boas defesas, e o camisa dez Felipe é bem anulado pela zaga cruzmaltina. O primeiro tempo termina com no máximo duas finalizações do Mais Querido.

A segunda etapa começa, e logo aos quatro minutos Robson encontra uma estrada pela frente. Ele avança com um certo medo, e tenta encarar os dois zagueiros vascaínos. Passa por eles com grande dificuldade. A bola sobra pra Jean, que encosta com o dedão e faz a gorduchinha morrer no canto da rede. Sai correndo e deita no gramado do Maracanã, com pose de rei. Profético.


O jogo continua e Coutinho, marcador de Felipe, é expulso. Com um carrapato a menos, a brincadeira começa. Flamengo se torna superior mas peca nos chutes.

Aos 28, Zinho avança pela mesma estrada que Robson, no primeiro gol. Ele toca pra Felipe, que chuta de forma tão bizarra que a bola volta pra Zinho. Ele olha o gol e não vê o goleiro. Não vê porque Fábio estava já grudando nos seus pés. Ele rola pra Jean que chuta, e após resvalar na cabeça de um vascaíno, vê a bola morrer no fundo da rede. O gol lembrou aquelas 'linhas de passe'.

Aos 32 minutos do segundo tempo, Roger leva a marcação de três pelo lado esquerdo. Se forma uma barreira para impedir a penetração, mas ele toca entre as pernas do zagueiro para Jean. Ele dribla o último jogador e se esquece da canaleira no meio do caminho. Ergue a cabeça e toca na saída do goleiro. Gol de Jean. De novo. Três vezes.

A partir daí o Gama começou a apelar. Era bico na canela de Zinho, tostão em Jean, mãozada na cara de Felipe. O espírito esportivo foi pra Casa do Cacete, assim como o sonho do título deles.

O juiz apita, e a torcida levanta a poeira, a camisa e canta o histórico "Arerê! O Chopp do Eurico eu vou beber!".

Abraços e Saudações Rubro-Negras, Yuri E.

1 comentários:

Raul Nicacio disse...

Fla x Vas histórico, tomara que o de amanhã também seja e o final também seja feliz para nós.

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