terça-feira, 26 de abril de 2011


Amigos, está provado que Deus existe. Domingo vimos um Fla-Flu que, daqui a sessenta anos, ainda estará arranhado no coração dos que sofreram assistindo. Talvez possa ser feito um filme a algumas décadas, contando a história cheia de lama nos calções dos gladiadores. Cheia de ficção na mente dos cineastas. Talvez o diretor possa viajar e plantar a ideia de que o gol de Thiago Neves foi aos 44 do segundo tempo. Também que Felipe realizou, no último minuto, uma defesa tão milagrosa que desmaiou no gramado duro e sujo do Engenhão. Nada seria exagero, uma vez que o exagero foi a própria partida.

Deus apareceu domingo, e quando digo tal, não cito a Páscoa celebrada pelos cristãos. Refiro-me as interferências divinas na peleja.

O jogo havia começado, e junto com ele, caía o céu. Uma chuva alienígena quis atrapalhar o derby, mas se equivocou. Se por um lado, deixou o jogo tecnicamente fraco, por outro colocou mais charme no Fla-Flu, que já é chanfran por natureza.

Vendo um Fluminense mais arrumado e mais organizado em busca do gol, Deus começou a agir. Apagou os refletores e obrigou Bassols a paralisar a partida.

Mais tarde, a luz voltou. Mais tarde, tornou a apagar. Mais tarde, a luz voltou. E assim, o árbitro foi enlouquecendo até chegar no estado mental em que se encontrou até o final da partida.

Aos 22, o Fluminense chegou ao gol. E aí aconteceu o seguinte: vendo que o Fla ia sofrer um tento, Deus mandou um anjo empurrar Rafael Moura e deixá-lo em impedimento. O juiz, um infiel, não entendeu o recado. Flu um a zero.

O jogo continou brigado e equilibrado até o final do primeiro tempo, onde Luxemburgo queimou duas substituições: Saía Wanderley e Fernando-Fernada e entrava Deivid (!) e Botinelli.

O Mengo entrou na etapa complementar pressionando, mas o jogo continuava truncado. Até que aos 22 minutos, Deus interferiu novamente na partida.

Willians recebeu a bola na entrada da área, e olhou pra frente. Páro aqui pra lembrar que antes do lançamento, nosso volante dá uma parada. Foi Nosso Senhor, que ao perceber a lambança que o volante ia fazer, tirou a bola dos pés de Willians e ele mesmo lançou. Na moleira de Thiago Neves, que empatava a partida.

Tomo a liberdade de avançar até a disputa de pênaltis, pra mostrar a terceira aparição de Deus no jogo. Quando Renato bateu - e perdeu - tudo pareceu perdido pros rubro-negros. Foi aí que Deus soprou o chute de Souza, que foi parar na Av. Suburbana. E deixou o resto com Felipe, que ao lado do seu terço, garantiu nossa vitória.



Obrigado, Meu Senhor!


Abraços e Saudações Rubro-Negras, Yuri E.

1 comentários:

Maria N' Lira disse...

Nossaaa! ÓTIMO texto, muito booom meeeeeesmo! *-*

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